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Suposta descoberta de vida alienígena pela China pode ser só interferência

Relatório sobre sinais suspeitos detectados pelo telescópio Sky Eye foi retirado do ar, o que levanta ainda mais suspeitas sobre a veracidade do achado

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jun 2022, 10h33 - Publicado em 17 jun 2022, 10h25

A China não fez tanto alarde ao divulgar um estudo em que dizia que seu Sky Eye, o mais poderoso radiotelescópio do planeta, poderia ter captado sinais de vida extraterrestre. Mas uma descoberta dessa magnitude não passa despercebida por muito tempo, e logo a notícia se espalhou

O relatório original foi publicado no periódico científico Science and Technology Daily, do estado chinês, e citava o cientista Zhang Tonjie, chefe de um time de pesquisa de vida extraterrestre composto pela Universidade Normal de Pequim, pelo Observatório Astronômico da Academia Chinesa de Ciências e pela Universidade de Berkeley, na Califórnia. De acordo com Zhang, em 2020 a equipe detectou dois sinais suspeitos a partir de dados coletados em 2019, e em 2022 encontrou outro sinal que poderia indicar vida alienígena ao observar exoplanetas. Mas tudo não poderia passar de interferência, de acordo com o cientista.

Agora, o estudo foi apagado do site da publicação oficial do ministério da ciência chinês, o que levantou ainda mais dúvidas sobre sua veracidade.

O Sky Eye é uma maravilha da engenharia, um radiotelescópio gigantesco de 500 metro de diâmetro construído no meio das montanhas de Guizhou, na região sudoeste da China. É o mais poderoso e sensível equipamento do tipo no mundo. Embora não possa ser movimentado fisicamente, sua tecnologia permite que a superfície reflexiva seja levemente distorcida para que os pesquisadores possam observar diferentes regiões do céu.

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O problema com a sua extrema sensibilidade é que o telescópio é capaz de detectar fracos sinais de rádio que normalmente passariam despercebidos por tecnologias menos avançadas. Já ouve casos semelhantes antes. O telescópio Murriyang, no Observatório Parkes, na Austrália, também captou sinais suspeitos que no fim foram considerados simples interferência.

Além disso, as divulgações científicas do tipo costumam vir acompanhadas de estudos mais detalhados que ofereçam evidências robustas. Portanto, a exclusão do material do site pode indicar que alguém soltou a comunicação antes do tempo.

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